quarta-feira, 13 de agosto de 2014

CAFELÂNDIA BHC (CAP.02)

Na casa da minha avó,sempre tinha muitas visitas,na maioria mulheres e quando essas pessoas chegavam,sempre tinha alguém que me pegava pela mão e levava pra algum lugar,quase sempre pra cozinha,mesmo assim conseguia ver que aquelas pessoas estavam entrando no quarto que ficava trancado e isso;só aumentava minha curiosidade sobre o que acontecia lá dentro,mas não tinha coragem de perguntar porque a resposta poderia ser uma surra;minha mãe sempre dizia que a curiosidade matou o gato e que eu não devia ficar curiando as coisas de minha avó.As duas não se davam bem e por isso minha mãe sempre ficava na casa da roça.
Essas reuniões eram sempre na sexta feira e durava por horas.
Uma certa sexta-feira,meu pai me deixou na porta e disse pra eu entrar,pois ia descarregar o arroz e voltava,acho que ele se esqueceu que era dia de reunião e que minha avó não gostava que me deixassem sozinho pela casa.Fui entrando e percebi que as pessoas estavam acabando de entrar no quarto que ficava trancado;então me escondi atrás da parede que dividia as duas salas e fiquei observando o que acontecia,de repente minha tia Lurdes saiu correndo do quarto e foi pra cozinha pegar alguma coisa se esquecendo de trancar a porta,aproveitei a oportunidade e corri pra lá,olhei com o canto do olho e não tinha nada nem pessoas e nem objetos,não tinha nada,estava vazio,a unica coisa que
tinha por ali,era um armário de madeira que estava um pouco afastado da parede.Nesse momento ouvi os passos de minha tia voltando,fiquei sem saber o que fazer,se tentasse voltar pra porta com certeza seria pego,comecei a tremer,meu coração parecia que ia sair pela boca,foi então que decidi entrar no armário,mas o danado estava trancado,pensei então em me esconder atrás, foi ai que
veio a surpresa,havia uma espécie de porta no assoalho com uma escada;não pensei duas vezes e fui descendo por ela sempre com muito cuidado pra não ser descoberto;estava um pouco escuro e pude ouvir pessoas sussurrando,apenas vozes de mulher,era um salão enorme com muitas coisas e objetos de barro,como potes e cestos feitos de palha.Neste momento ouvi minha tia dizendo pra alguém que já podia fechar,mais que depressa me enfiei dentro de um dos cestos e fiquei quieto;minha tia entrou e a entrada foi fechada pelo lado de fora,assim que ela entrou vários lampiões foram acesos e pelas frestas do cesto pude ver o que havia lá dentro ;era um salão muito grande,do tamanho da extensão da casa.No paredão da direita haviam muitas armas,tipo:carabinas e mosquetões,também armas pequenas estavam sobre uma bancada e outras bem estranhas ,como lanças,arcos e tacapes.Do lado esquerdo havia um grande varal com muita roupa de mulher.Quando os lampiões que estavam próximos a mim foram acesos,as mulheres que estavam mais ao fundo vieram pra perto das roupas;nesse momento meu coração


disparou e comecei a tremer a boca ficou seca e o medo tomou conta de mim,pois estava muito próximo delas e se fosse descoberto com certeza iriam passar salmoura em
mim por conta dos machucados da surra que eu ia levar.

Mas apesar de tudo,não fui descoberto e essa foi a primeira vez que vi mulheres adultas nuas;já que elas retiraram toda a roupa e com uma bacia de barro cheia de água e ervas perfumadas,banhavam-se umas as outras,o cheiro era bom,mas já não entendia o que elas sussurravam,parecia uma língua estranha como a do turco da loja de roupas.Não imaginava que elas tinham tantos pelos pelo corpo.As mais velhas eram bem feias peladas,já as mais jovens eram bem mais bonitas nuas do que vestidas,alguma coisa nelas me fascinava e o meu corpo teve algumas reações que eu nem imaginava,até me esqueci que minha situação ficava cada vez mais complicada.Após o banho se vestiram com muita roupa,enormes vestidos brancos que estavam sobre o varal.Pude então perceber que todas eram negras ou morenas,inclusive minha avó.Após se vestirem,colocaram sobre as cabeças umas das outras panos enrolados que formavam turbantes.

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